quinta-feira, 15 de março de 2012

Entre a cultura de massa, proto-protestos e um sono que não resolve.



A mais de três dias que eu não consigo dormir direito, um sono intranquilo, raso, preocupado. Ontem cheguei até o terceiro capítulo de um livro que foi muito comentado por um grande amigo meu, é um texto fácil, de construções senso comunal, escrito para a grande publico, numa linguagem formal pobre, ele está até agora parecendo puro entretenimento. Não cheguei nem nas suas primeiras 100 páginas de mais de 400 é fato, mas ele não está me dizendo muita coisa. Mas ele tem evidências que pode melhorar ao menos os trechos das cartas contidos entre um capitulo e outro, tem um tom nostálgico, isso talvez venha a fazer dele algo interessante.

Tomei um calmante, precisava dormir. Sou daqueles em que a constância emocional não me persegue se na última postagem o dia era brilhante, vivo e intenso, já não posso dizer o mesmo agora, e graças a esse sono maldito que me deixa a velar a minha mente que acelera pensando em milhões de acontecimentos recentes e não recentes e até planejando futuro. Enquanto escrevo nesta madrugada mais uma vez insone e que meus olhos pensam, penso no arremedo de filme que vi ontem à tarde chamado “Reincarnate” (2010), baixei por acaso através de um site que o listava como um filme que protestava contra a censura de seu país que quer banir todos os filmes imorais e contestadores da ordem religiosa e política. O filme é um não filme, é vazio, inócuo, não diz nada, um rapaz é filmado olhando uma paisagem apenas de cueca, depois vai a um templo budista, depois um jogo infantil, depois mostra uns garotos de programa se masturbando, depois numa cidade mostra a mãe comendo, mais paisagem e pronto acaba, isso tudo numa lentidão sem sentido algum, sem ritmo algum, sem força, sem reflexão, sem forma, exíguo. Não é um filme é uma colagem espúria de cenas proto-experimentais . Deus que me livre!

Antes de cair no sono induzido, vi um clássico para rebater a miséria que tinha assistido. O cultuado filme “A dama do lago”(1947) filme noir conhecido por ser narrado em câmera subjetiva, um estranho filme admito, mas absolutamente inovador pra sua época e como não poderia deixar de ser com uma trama complicada, que vai se desenrolar por inteira apenas na última sequência. Apesar de no fundo achar gratuito a câmera subjetiva durante o filme quase todo, me agradou muito, aliás, salvou o dia!
E assim tentarei mais uma vez!

J.

2 comentários:

Gomorra disse...

Tá de rosca, visse?
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

De fato, A DAMA DO LAGO é magnífico!

E, por mais senso-comunal que seja a escritura do livro, o elemento nostálgico, aliada ao conhecimento de causa referencial, me empolgou. Talvez seja um mérito comparativo chinfrim, visto que tinha lido um ridículo livro romântico anterior.

De resto, siga em frente: quem sabe? (WPC>)

Jadson Teles disse...

em frente SEMPRE!