domingo, 22 de abril de 2012

Subjetivação e práticas de si: é possível se tornar uma pessoa melhor?


Acordei na madrugada assustado com um sonho do qual não me lembro, pior que sonhar é não lembrar o sonho. Bem, cansado não conseguia voltar a dormir, levantei dei uma mijadinha e fui fazer uma limpeza no meu computador, depois de botar alguns filmes do Brian Depalma pra baixar voltei a dormir.....  Acordei quase nove, levantei de mal humor. Joyce viajou e Aelton foi fazer um bico, digo, ser fiscal numa prova de um concurso local. Fiquei quieto no meu quarto lendo as densas linhas da tese adorniana sobre Kierkegaard. Aqui Adorno faz uma severa crítica ao sujeito e a filosofia burguesa-cristã de Kierkegaard. KIERKEGARD – A COSTRUÇÃO DO ESTÉTICO é daqueles livros implacáveis do filósofo da escola de Frankfurt, mas como sempre percebo um tom arbitrário em muitas de suas afirmações, todo caso acho que ele não entendeu ao que Kierkegaard se opunha e como ele fazia isso  (só lembrando que um dos primeiros textos de Adorno ele ainda jovem) Gosto de algumas de suas formulações críticas, mas é inegável que Kierkegaard se afastava da política por que não via saída pro homem por esse viés -é preciso realmente construir um privacidade subjetiva filosófica e religiosa, em outras palavras, construir um ética-estética da existência. O dado livro está me ajudando a projetar um futuro texto sobre a relação Kierkegaard- Nietzsche- Foucault que estou em mente, por mais que o livro seja muito difícil e duro de escavar seus conceitos, tenho certeza que ao final ele me será muito útil.
E falando de ética, estética e existência, me submeti a uma maratona de filmes “bixas” produzidos no ano de 2011 no dia de ontem e comecei pelo filme nacional e adolescente “ OS 3”  de Nando Olival que não é bem bixa, mas estava valendo como  um processo de descobertas amorosas e sexuais,  no qual 3 jovens universitários dividem um apartamento e desenvolvem uma afetividade mútua e seguido pelo  igualmente adolescente, mas de uma simplicidade estonteante e porque não apaixonante  filme belga NOORDZEE, TEXAS de Bavo Defurne sobre a construção do fetiche sexual e dependente deum adolescente, passando pelo quase ruim filme argentino do Marco Berger AUSENTE, sobre outro adolescente que tenta seduzi seu professor com táticas heterodoxas e por fim o maduro e discursivamente complexo J. EDGAR  de Clint Eastwood sobre o criador do FBI e seu relacionamento casto com o numero 2 da instituição por mais de 30 anos. (foto é o casal real) E ao final o que eu queria com isso? me tornar uma pessoa melhor? Ainda não sei mais foi me dado vários contra-exemplos!

J.

Um comentário:

Pseudokane3 disse...

Minha intuição afirma que gostarei de 0S 3 bem mais do que tu...

Sobre o Marco Berger: gosto muito dos curtas-metragens dele, mas ele força a barra, é o tipo de viado que acha que todo mundo é viado também. Concordo com ele que até que deveriam, mas... O mundo não é como a gente quer, né?

Sobre o filme belga, ouvi falarem por cima... Quando eu me deparar com ele na TV, arreganho as pernas, sem muita expectativa.

Eastwood é Eastwood : vi ainda não, mas eu sei, eu sinto...

E, sobre o Adorno, lembrei no ato daquele bela conversa na mesa da casa de tua tia... E a resposta é SIM! (wpc>)