1-UM AMIGO MEU é um filme alemão contemporâneo. Logo é um filme perdido em sua estrutura narrativa e consequentemente força dramática, como acontece com muitos filmes lançados nos tempos atuais pelo cinema alemão, exceto um ou dois casos que extrapolam a estética MTV que os concebem. O cinema alemão sempre tão forte e inventivo foi arrastado junto com a queda do muro de Berlim e se reergueu sob uma base arenosa e vendável da sociedade do espetáculo e do consumo. E por mais que os temas sejam e sua grande maioria alçados pela crise cultural de seu país, não avançam nas discursões que são submetidas a uma forma vendida e pervertida. O que de fato pode ser explicado pelo abandono do paradigma da escola alemã forjado por nomes como Fassbinder, Herzog, Kluge e outros nomes. O filme aqui em questão não é de todo ruim, nos encanta enquanto um filme sobre a amizade, sobre concessões voluntaria e involuntária. De modo que a identificação às vezes prejudica até nossa avaliação valorativa objetiva.
2-UMHOMEM QUE AMA é um filme Italiano contemporâneo. E parece que do mesmo modo uma crise paradigmática assombra o cinema na Itália, que outrora foi responsável por um dos maiores movimento cinematográfico: o neorrealismo. Parece que a uma crise politica e econômica que anda afetando a criação artística na Europa. O filme aqui conta a estória de u farmacêutico que sofre com a separação com a namorada e que passa a persegui-l a e a ter insônia, mesmo depois que passa a se relacionar com outra mulher. É um filme morno, enfadonho até, apesar do tom belo e poético de sua fotografia, mas nada vai, além disso, o problema é que o personagem facilmente encanta pelo poder de identificação com a plateia, o que faz com que o filme suspire em alguns momentos.
3- SUBLIME OBSESSÃO. É um filme clássico americano dos anos de 1954 e sinceramente é explosivo, é visceral, é crédulo é verdadeiro, acima de tudo é um filme que acredita que é verdadeiro. Não tive duvidas quando decidi ver um clássico a fim de combater as mornas experiências estéticas proporcionadas pela cinematografia contemporânea. O filme de Douglas Sirk é até forte pois se entende enquanto melodramático e sabe conjugar exatamente todos os elementos para tal. Uma trama onde a dedicação amorosa a um pessoa pode se tornar uma obsessão, mas uma sublime obsessão, onde a base está no amor que se esconde para “ preservar a força individual”. Amei o filme , me deixou crente e com vontade de vida. É esse tipo de filme que eu estava precisando e tenho dito Douglas Sirk é meu conselheiro emocional!
J.
Um comentário:
Ainda não vi nenhum dos três, mas amei o "logo" no primeiro parágrafo (risos) - Concordo plenamente contigo! (WPC>)
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